Foto: Gabriel Haesbaert (Arquivo Diário)
O primeiro caso de dengue em Santa Maria foi confirmado nesta quinta-feira. De acordo com o último boletim epidemiológico de arboviroses, emitido na quarta-feira pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) e pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), a cidade tem um caso de dengue importada registrado até o momento.
Conforme a Vigilância em Saúde de Santa Maria, uma mulher de 33 anos contraiu a doença em uma viagem ao Nordeste. Ela teria retornado a Santa Maria em 22 de abril. Três dias depois, ao sentir sintomas, ela procurou a Unidade Básica de Saúde (UBS) Walter Aita e, posteriormente, foi encaminhada à Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) 24h para a realização de exame.
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O Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Sul (Lacen-RS) atestou a dengue. Segundo a prefeitura, o tratamento preventivo no entorno do domicílio do paciente já foi feito.
Esse é a quinta confirmação da doença na Região Central neste ano. Ainda de acordo com o documento (que apresenta dados analisados até 11 de maio), o segundo caso de dengue autóctone (contraída no município de residência) foi confirmado em Cruz Alta, que já tem três casos de dengue confirmada em 2019 (dois autóctones e um importado). Em abril, um caso em Dilermando de Aguiar também havia sido registrado.
SITUAÇÃO NO ESTADO
O Rio Grande do Sul teve, até agora, 456 casos de dengue autóctones registrados neste ano, segundo levantamento divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde. Ao todo, o Estado teve até o último dia 11 a confirmação de 528 confirmações da doença, sendo 72 importados. Os casos autóctones foram registrados em 32 municípios. Em 2017 e 2018, segundo a secretaria, a doença teve nenhum caso registrado de dengue contraída no Estado.
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Além disso, Santa Maria e Cruz Alta são duas das 30 cidades da região que vivem uma infestação do mosquito Aedes aegypti, conforme o relatório epidemiológico divulgado pelo Estado (veja abaixo).
AS CIDADES DA REGIÃO INFESTADAS
De acordo com o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), são 30 municípios atingidos. O relatório é de maio deste ano:
- Caçapava do Sul
- Cacequi
- Cruz Alta
- Faxinal do Soturno
- Formigueiro
- Itacurubi
- Itaara
- Ivorá
- Jaguari
- Júlio de Castilhos
- Lavras do Sul
- Mata
- Nova Esperança do Sul
- Nova Palma
- Pinhal Grande
- Quevedos
- Restinga Sêca
- Rosário do Sul
- Santa Maria
- Santiago
- São Francisco de Assis
- São Gabriel
- São Pedro do Sul
- São Sepé
- São Vicente do Sul
- Silveira Martins
- Toropi
- Tupanciretã
- Unistalda
- Vila Nova do Sul
O Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa) de 2019, feito periodicamente pela Vigilância em Saúde, é uma das ações de combate ao mosquito da dengue. Na última ação, feita entre 4 de fevereiro e 31 de março deste ano, 137 focos do mosquito foram encontrados em 33 bairros da cidade (veja abaixo). Porém, a prefeitura de Santa Maria alerta que infestação, ao contrário de epidemia, não significa que os mosquitos estão com o vírus que causam a dengue.
No levantamento, foram inspecionados 3.170 imóveis, sendo o Bairro Juscelino Kubitschek com o maior número de focos, seguido da Nova Santa Marta. Do total de criadouros de Aedes aegypti, 40,5% estão em depósitos móveis, como vasos e pratos de plantas, bebedouros e depósitos de construção, e 19,62%, em sucatas e entulhos. Conforme a Superintendência de Vigilância Ambiental em Saúde, o município se encontra em situação de alto risco para epidemia de circulação viral, ou seja, não se tem o vírus circulando.
O LIRAa referente aos últimos meses está em fase de finalização e deverá ser divulgado no começo do mês de junho, conforme a prefeitura de Santa Maria.
Na dengue clássica, o paciente pode apresentar:
- Febre alta com início súbito
- Forte dor de cabeça
- Dor atrás dos olhos, que piora com o movimento dos mesmos
- Perda do paladar e apetite
- Manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores
- Náuseas e vômitos
- Tonturas
- Extremo cansaço
- Moleza e dor no corpo
- Muitas dores nos ossos e articulações
Dicas de prevenção
- Não acumular lixo e materiais em desuso que retenham água parada como pneus, garrafas, copos e latas
- Tapar a caixa d'água, poços, latões e filtros
- Lavar os pratinhos de folhagens, escovando as bordas para eliminar os ovos do inseto, e não acumular água, podendo colocar areia
- Tratar as piscinas